Na tarde de hoje, dia 27 de abril, mães, pais, professores e crianças compareceram à Audiência Pública convocada pelo deputado estadual Carlos Giannazi (Psol) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A audiência tinha como objetivo discutir o fechamento unilateral de 141 vagas nas creches da USP no ano letivo de 2015 e buscar esclarecimentos do reitor Marco Antonio Zago.
Apesar de convidado, o reitor não compareceu e enviou seu funcionário, Waldyr Jorge, superintendente da SAS, para a audiência.
Além do deputado e do funcionário da SAS, fizeram intervenções a psicóloga Ana Mello, membros da Comissão de Mobilização das Creches, representantes do DCE e do Sintusp, mães da demanda, pais de São Paulo e de São Carlos, e principalmente, professores das Creches/Pré-Escolas Oeste, Central e São Carlos.
Waldyr Jorge disse que não representava o reitor, apesar de ter sido enviado por ele para comparecer à audiência. Passou a dar opiniões pessoais, sem trazer nenhum esclarecimento sobre o assunto , além de dizer que desconhecia os estudos feitos pelas gestões das creches indicando a possibilidade de atender 89 crianças imediatamente.
As 300 pessoas presentes participaram ativamente, questionando a falta de transparência, diálogo e “a desonestidade intelectual dos gestores” da maior universidade de São Paulo, segundo Ana Mello.
O deputado Giannazi se comprometeu a:
1) Transformar a audiência em uma representação junto ao Ministério Público Estadual devido aos inícios de irregularidades cometidas pela USP, como, por exemplo, o descumprimento da Lei Complementar 1.202/2013, que eleva os profissionais das creches a Professores de Ensino Infantil e da liminar que garante a vaga de seis crianças matriculadas este ano na Creche/Pré-Escola de São Carlos.
2) Solicitar a lista de aprovados no processo seletivo das creches de São Paulo (Central, Oeste e Saúde)
3) Convocar o reitor Marco Antonio Zago para dar explicações à Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São Paulo.
A audiência foi gravada e será disponibilizada pela internet. A transcrição irá para o Diário Oficial e irá instruir o Ministério Público.